Em meados do século XVI, Jorge Ferreira de Vasconcelos, com esta sua Comedia Aulegrafia, oferece-nos, com fina agudeza, um retrato crítico da corte. O mundo transformou-se num lugar perigoso, absurdo e desconcertante, e as suas personagens respiram, nesse mundo áulico, ambição, intriga e mentira.
O que impressiona nesta comédia quinhentista é a actualidade dos temas, desde o político até ao amoroso, bem como a visão expressa de que o tempo é de crise – “e crise implica mudança, alteração de paradigmas”. Nela se respira a experiência do engano e da decepção, a crise de valores, o mundo às avessas, que parece tudo fazer ruir.
O que impressiona nesta comédia quinhentista é a actualidade dos temas, desde o político até ao amoroso, bem como a visão expressa de que o tempo é de crise – “e crise implica mudança, alteração de paradigmas”. Nela se respira a experiência do engano e da decepção, a crise de valores, o mundo às avessas, que parece tudo fazer ruir.